As quatro maiores operadoras de telefonia móvel do país arremataram as quatro faixas nacionais do 4G, leiloado nesta terça-feira. A Claro e a Vivo investiram pesado para levar as duas faixas de frequência de maior capacidade, enquanto que Oi e Tim ficaram com duas partes menores do espectro.
No total, o valor arrecadado pela Anatel nesses quatro primeiros lotes de abrangência nacional chegou a R$ 2,565 bilhões. As empresas de TV por assinatura Sky e Sunrise devem arrematar durante a tarde alguns lotes regionais.
Os lotes nacionais de maior capacidade estavam sendo oferecidos pelo preço mínimo de R$ 630 milhões. A Claro ofereceu R$ 844,5 milhões por uma das faixas enquanto que a Vivo ficou com a outra por R$ 1 bilhão.
Isso quer dizer que essas empresas deverão prestar serviços de internet móvel de alta velocidade até abril de 2013 nas cidades que sediarão a Copa das Confederações. Até dezembro de 2013, será a vez das cidades que sediarão a Copa do Mundo, o que inclui Porto Alegre.
As redes de quarta geração (4G) possibilitam um acesso à internet em smartphones e tablets com velocidade comparável a da banda larga fixa. Será possível assistir vídeos em streaming (sem download), baixar músicas e navegar na internet em velocidade cerca de 10 vezes mais rápida na comparação com as redes 3G, que existem atualmente. A nova tecnologia permite inclusive manter a conexão ativa em veículos em movimento. Para acessar a internet por redes 4G será preciso trocar de aparelho, o que deve ser um entrave inicial para a popularização desse serviço.
Como nenhuma empresa ofereceu lances para a faixa de 450 MHz, que levaria serviço de voz e dados por redes 3G até a área rural, as quatro empresas que arremataram as faixas nacionais do 4G precisarão arcar com a responsabilidade de estender suas redes 3G até a zona rural.
Nas próximas horas, a Anatel leiloará os lotes regionais de 2,5 GHz. São duas faixas para cada área de registro (DDD), que devem ser disputadas pela Sky e pela Sunrise, empresa de TV por assinatura controlada pelo fundo do megainvestidor George Soros.
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