O governo federal anunciou nesta quinta-feira que vai prorrogar a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a chamada linha branca, que inclui geladeiras, fogões, tanquinhos e máquinas de lavar. A desoneração valeria somente até este sábado, dia 31, mas passará a valer por mais três meses.
Segundo o ministro da Fazenda Guido Mantega, o objetivo do governo é facilitar o acesso da população de baixa renda a esses produtos, além de contribuir para o crescimento da economia e para a geração de empregos. Mantega disse que tanto os fabricantes quanto os varejistas se comprometeram a contratar mais mão-de-obra e a repassar o desconto aos consumidores.
Mantega explicou que serão beneficiados os produtos com baixo consumo de energia. No caso dos fogões, porém, a alíquota ficará um pouco maior. Antes da redução do tributo, a alíquota estava em 4%, e caiu para zero. A partir da próxima sermana, será um pouco maior: de 2%. Para o restante dos produtos, a alíquota baixa será mantida, mas somente para os aparelhos que consomem menos energia.
"Vamos desonerar mais aqueles produtos que poupam energia, que têm o selo ambiental, concedido pelo Inmetro", disse Mantega. Esse selo classifica o produto de acordo com o consumo: os de classe A são os que consomem menos. B, C, D e E consomem mais, sucessivamente.
Inicialmente, o governo manteria a redução do IPI para esses produtos somente de abril a junho deste ano, como medida para minimizar no país os efeitos da crise financeira internacional.
O mesmo foi feito com o imposto sobre automóveis e material de construção. Graças à redução do IPI, que passou a valer em dezembro do ano passado, as vendas de carros bateram um recorde mensal em junho e setembro. O IPI dos automóveis passou a subir gradativamente em outubro e deve voltar à alíquota original já em janeiro.
