A organização Transparência Internacional (TI) divulgou nesta terça-feira, em Berlim, na Alemanha, o ranking anual de corrupção. O Brasil, que recebeu 3,7 pontos, em uma escala de 0 a 10, subiu cinco posições e passou de 80º para o 75º lugar. Apesar da melhora no ranking, o país continua com uma imagem negativa, compartilhando a posição com nações como Colômbia, Peru e Suriname.
O ranking é fundamentado em pesquisas realizadas por instituições renomadas, com base na opinião de especialistas e empresários, que falam sobre suas percepções sobre a corrupção no Brasil. Apesar de estar entre as cinco maiores economias do mundo, segundo reportagem publicada pela revista The Economist, a situação do Brasil é muito similar a dos demais países da América Latina - ou seja, ainda deixa escoar muito dinheiro pelos buracos da corrupção nos governos.
Das 31 nações pesquisadas pela organização, 21 receberam pontuação abaixo de 5 e indicaram altos índices de corrupção. O Brasil está nesse grupo, o penúltimo na classificação geral. Nove países não passaram dos 3 pontos, o que revela uma situação de corrupção fora do controle. Eles formam o clube dos países mais corruptos do planeta conforme o ranking da TI.
O documento afirma que o Brasil e outras economias líderes na América Latina, que deveriam dar exemplo de transparência, têm sua estrutura abalada por escândalos que envolvem suborno, desvio de dinheiro público e impunidade. O relatório ainda chamou a atenção para os interesses privados, principais entraves em sociedades com dificuldade em promover o desenvolvimento igualitário e sustentável na região.
De acordo com a organização, muitos dos países em posições desprivilegiadas no ranking aprovam leis para impedir que jornalistas tenham acesso as informações relevantes do governo, criando um ambiente sem cobertura crítica e, consequentemente, com a liberdade de imprensa ameaçada. Ainda segundo o documento, a crise financeira tornou mais importante a transparência do governo em setores público e privado, principalmente por conta dos investimentos pesados de reestruturação, resultado de pacotes de estímulo econômico.
Nova Zelândia, Dinamarca, Cingapura, Suécia e Suíça ocuparam as cinco primeiras posições do ranking da organização Transparência Internacional (TI) e mostraram ser os países com menor índice de corrupção do mundo.
FONTE- REVISTA VEJA.