O presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, deputado Leonardo Prudente (sem partido), decidiu nesta segunda-feira proibir o acesso da população à Casa. Este é o primeiro dia de trabalho dos parlamentares após o recesso de fim de ano. Na pauta desta segunda está a escolha dos membros da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que julgará os processos de impeachment contra o governador José Roberto Arruda.
Prudente é o deputado flagrado em um vídeo enquanto colocava dinheiro de propina nas meias. Ele divulgou nota para informar que "todas as providências estão sendo tomadas para que a Câmara tenha condições de permitir, no prazo mais curto possível a livre circulação do público, com plena garantia de segurança para todos".
Pelo menos 500 manifestantes, tanto contra quanto pró-Arruda, estão concentrados desde a manhã na porta da Câmara. A polícia já chegou, inclusive, a retirar algumas pessoas do local.
Os deputados decidiram fazer a reunião da CCJ na sala da comissão, a portas fechadas, e não no plenário. Isso porque, de acordo com a Polícia Legislativa, a porta do local não oferece segurança.
O escândalo do mensalão do DEM de Brasília veio a público no dia 27 de novembro, quando a Polícia Federal deflagrou a operação Caixa de Pandora. No inquérito, Arruda é apontado como o comandante de um esquema de distribuição de propinas a deputados distritais e aliados. Vídeos comprometedores mostrando a entrega de dinheiro e as conversas dos envolvidos causaram indignação no país e culminaram na desfiliação de Arruda do partido.
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