quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

MILITARES GAUCHOS NO HAITI.

Os gaúchos não são os militares brasileiros que predominam na Força de Paz brasileira que cumpre sua missão no Haiti. Não há como precisar quantos estão atuando no policiamento e nas iniciativas de ajuda humanitária, até porque o Comando Militar do Sul só deve se manifestar hoje pela manhã. Até o início da madrugada de hoje, o Exército não confirmou se haveria brasileiros entre os escombros, nem sobre número de mortos e feridos. Porém, segundo o representante da OEA no Haiti, o gaúcho Ricardo Seitenfus, a missão brasileira está sendo conduzida por uma grande maioria de militares cariocas. Ao todo, há 1.266 militares, sendo 250 deles ligados à área de engenharia do Exército. Com a infra-estrutura do Haiti é precária, o maior número de militares gaúchos enviados pertenceria à Tropa de Engenharia de Cachoeira do Sul. Eles estariam prestando serviços de reconstrução de pontes e manutenção de estradas e escolas. Segundo Ricardo Seitenfus entre 200 e 250 civis trabalham em empresas brasileiras. Uma delas é a OAS, empreiteira que trabalha na construção de uma estrada nas proximidades de Porto Príncipe.— Por telefone não estamos conseguindo falar. Não há contato. Estamos em contato pela internet e ainda de forma precária — contou Seitenfus em entrevista à Rádio Gaúcha. Para ele, provavelmente o terremoto deixará um saldo de milhares de vítimas. Parte das informações que Ricardo Seitenfus conseguiu para estimar o tamanho da catástrofe são de relatos esparsos de amigos seus que estão no Haiti. Outra parte, de sua própria experiência como morador de Porto Príncipe. Gaúcho, Seitenfus está de férias em Arroio do Tigre, e frequenta o Haiti desde 1993. Mora definitivamente na capital do país desde janeiro de 2009. Segundo ele, as casas frágeis, a concentração de moradores em encostas de morros e a situação econômica do Haiti, considerado o país mais pobre do Ocidente, dimensionariam uma tragédia. — O Haiti está sem nenhuma condição de salvar as pessoas que estejam feridas ou mutiladas. O Haiti vai precisar de um mutirão. São castelos de cartas as casas que são construídas lá — disse.
FONTE ZERO HORA ON LINE.