A empresa que fará o estudo para a construção de uma ponte entre o Estado e a Argentina deverá ser conhecida em julho. Pelo menos essa é a expectativa do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), desde que os participantes da licitação que está em andamento não entrem com recursos.
A ponte é uma reivindicação antiga na Fronteira. Entre os dois países, existem apenas duas delas sobre o Rio Uruguai, em São Borja e em Uruguaiana. Três locais poderão receber a construção: Porto Mauá a Alba Posse, na região Noroeste, Porto Xavier a San Javier, nas Missões, e Itaqui a Alvear, na Fronteira Oeste. Outra localidade, Tiradentes do Sul-El Soberbio, estava pleiteando a edificação, mas foi excluída em um acordo binacional. Atualmente, a travessia é feita por balsa nesses trechos. A construção da ponte foi escolhida pelos gaúchos como um dos Três Projetos para o Rio Grande no ano passado.
No dia 23 de fevereiro, dois consórcios e uma empresa apresentaram propostas para realizar o estudo. O processo licitatório está na fase de análise de habilitação dos interessados, conforme a assessoria de imprensa do órgão. Ou seja, é examinado o envelope A, que tem a documentação das empresas. O resultado dessa fase poderá ser publicado na próxima semana. Depois disso, se alguma empresa não for considerada habilitada, haverá prazo de cinco dias para recurso. Em maio, deverão ser abertos os envelopes B, que contêm as propostas técnicas. O último a ser analisado é o envelope C, com a proposta de preço que as empresas cobrarão para fazer o trabalho, no valor máximo de R$ 875,5 mil.
Depois de escolhida a empresa e de o contrato ser assinado, o estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental terá que ser feito no prazo máximo 230 dias. O estudo vai apontar onde deverá ser construída a ponte. Vencida essa etapa, duas outras licitações devem ser realizadas. A primeira, para a elaboração do projeto básico da obra. A segunda, para a contratação da empresa que construirá a ponte.
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