Carta enviada ao jornal por um leitor, solicitando explicações das autoridades.
Na condição de usuário do acesso ao Distrito de Ernesto Alves, registro minha indignação em relação a interrupção das obras de asfaltamento do acesso àquela localidade. Pela segunda vez, em períodos eleitorais, há movimentação de máquinas naquele trecho, discursos políticos na mídia, " viagens à Capital", danos ambientais provocados por “encenações” de máquinas, sem que nada seja concluído. Desta vez não foi diferente. Passado o período de campanha política, as máquinas se retiraram, deixando para traz a destruição de 2 km de mata de encosta do morro destruída, o leito da estrada exposto a erosão, cercas de propriedades particulares retiradas sem que fossem reconstruídas. Esse é o cenário que recebe os turistas nesse veraneio. Mais curioso ainda é observar que na relação de obras iniciadas nos municípios gaúchos, publicadas em Zero Hora da semana passada, não consta aquele trecho como iniciado e, tão pouco aparece na relação de obras liberadas com verba do Estado.Diante de tal quadro é urgente que haja um acompanhamento por parte da imprensa, da Promotoria Pública, no sentido de responsabilizar judicialmente os envolvidos no crime ambiental lá cometido, já que o benefício social decorrente de tal impacto (o asfaltamento da via) não foi consumado. Da mesma forma, reaver o desperdício do dinheiro público, caso a obra não seja concluída.
Gostaríamos que houvesse uma justificativa, um esclarecimento sobre o fato já que a liberação da verba havia sido amplamente divulgada na imprensa.
Por tratar-se de assunto de interesse público solicito a atenção da imprensa, no sentido de divulgar e cobrar responsabilidade.
Atenciosamente,
D.L.A,
