Os três policiais militares que ajudaram a socorrer a família do deputado José Francisco Gorski (PP), 54 anos, morto em acidente de carro na madrugada de domingo, vão prestar depoimento nesta terça-feira, em Santiago, na Região Central.
Os sargentos da Brigada Militar Oneide Damian Maciel, João Luiz de Oliveira Morais e Nivaldo Figueiró Lemes, que se dirigiam a Santa Maria para trabalhar na segurança da 68ª Romaria da Medianeira, avistaram o Linea já com um princípio de incêndio, atravessado na pista.
Com 28 anos de Brigada Militar, o sargento Oneide Damian Maciel, 48 anos, morador de Bossoroca, relatou na segunda-feira os momentos iniciais do resgate à família de José Francisco Gorski.
Na companhia de dois colegas, em viagem de trabalho a Santa Maria, Maciel acionou as equipes de socorro e tentou reanimar o deputado no acostamento da rodovia. Confira a síntese da entrevista, concedida por telefone:
Zero Hora — O casal ainda estava no veículo quando vocês chegaram?
Oneide Damian Maciel — Não. Ele estava desacordado. A mulher (Luciane da Silva) já estava fora do carro, tentando retirá-lo, do lado da porta do carona. Descemos imediatamente com o extintor. Quase conseguimos apagar o fogo. Se tivéssemos um outro extintor, ou um mais potente, talvez tivéssemos conseguido. Um de nós se preocupou em retirar a criança (Marcelo Gorski Neto, de três anos) do carro, outro em tentar apagar as chamas e outro em reanimar aquela pessoa desmaiada. Liguei para os bombeiros e para a Polícia Rodoviária Federal.
ZH — Luciane conseguiu tirá-lo do veículo?
Maciel — Com o nosso auxílio, sim. Foi só desvencilhá-lo do cinto. A gente se preocupou em ver qual era a situação, se ela estava ferida. Ela estava bastante nervosa, dizia: “Ele não está me respondendo, ele não me responde, o que será que houve?”. Aí, fomos fazer a massagem cardíaca para reanimá-lo. Um pouco fui eu, outro pouco foi o sargento Figueiró.
ZH — O senhor não reconheceu o deputado na hora?
Maciel — Não. Esses procedimentos todos, fizemos sem saber que se tratava de um deputado. Depois tentamos identificar a pessoa. Ela disse: “Ele é o Francisco Gorski”. “O deputado Chicão?”, eu disse. A gente fica surpreso por se tratar de uma pessoa conhecida aqui da região, com bastante eleitores em Bossoroca. Frequentemente, ele estava por aí. Tinha pessoas bem amigas nossas que trabalhavam para ele.
Fonte Zero Hora.