A greve dos bancários poderá terminar nesta segunda-feira, quando representantes da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e o Comando Nacional dos Bancários farão novo encontro às 11h, em São Paulo. O movimento por reajuste salarial completou 13 dias. No sábado, em reunião no Hotel Maksoud Plaza, que durou quase três horas, não houve acordo. Os bancos apresentaram uma proposta de reajuste de 6,5%, enquando que o índice reivindicado pelos bancários é de 11%.
No encontro desta segunda-feira, o presidente do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região (SindBancários), Juberlei Bacelo, irá representar os grevistas gaúchos. O resultado do encontro será avaliado em reunião dos bancários a partir das 15h, no Clube do Comércio, na capital gaúcha. — A expectativa por uma solução é boa, especialmente na questão dos bancos privados. Quanto ao reajuste para os funcionários do Banco do Brasil e Caixa Federal, acredito que será necesário um esforço maior dos bancos — afirma Bacelo.
No sábado, a presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira, reconheceu que a proposta da Fenaban contem avanços, mas a oferta ainda é insuficiente. De acordo com a líder sindical, uma das questões que também está emperrando o acordo é forma de pagamento, porque o reajuste seria aplicado apenas para quem ganha até R$ 4,1 mil. Acima disso, seria adicionado um valor fixo de R$ 266,50.
Desde o início da greve, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) emitiu apenas um comunicado, publicado na capa do site da federação, no qual informa que respeita o direito de greve dos bancários, mas condena os piquetes que barram o acesso da população às agências e postos bancários.
