quinta-feira, 9 de setembro de 2010

O SAMU AINDA NÃO DESLANCHOU.

Implantação do serviço de emergência emperra na contratação de equipes nas 14 cidades da região beneficiadas Mais de dois meses depois de receberem ambulâncias do governo estadual, nenhuma das 14 cidades da região implantou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A chegada dos veículos, que seria a solução para atender e transportar pacientes de urgência e emergência, virou dor-de-cabeça para a maioria das prefeituras, que precisam equipá-los e contratar profissionais. Para muitos secretários de Saúde, o futuro é preocupante. O programa deverá ser mantido com repasses da União (R$ 12 mil), do Estado (R$ 6,5 mil) e de municípios (valor equivalente ao restante dos gastos).

Atualmente, as ambulâncias estão paradas, e as administrações se organizam para fazer o Samu funcionar. Das 14 cidades, quatro já compraram os equipamentos, oito estão em processo de compra, uma vai terceirizar o serviço, e uma não deu retorno ao Diário (veja quadro). A maior dificuldade continua sendo a contratação de profissionais.

Santa Maria está no grupo dos retardatários. A Secretaria de Saúde sabe quantos profissionais serão necessários, mas não bateu o martelo na contratação. A base do atendimento deverá ser o Pronto-Atendimento Municipal, no bairro Patronato. Mas o lugar ainda pode ser mudado.

Funcionamento – A maioria dos gestores concorda sobre a importância do programa, mas diz que o freio de mão puxado é decorrente da falta de garantias do governo estadual.

– É como ganhar uma Ferrari e não ter como pagar o IPVA. Os municípios terão de pagar a conta? – questiona Jorge Luiz Cremonese, secretário de Saúde de Restinga Seca.

– Se o governo não mandar o dinheiro, fechamos o serviço no outro dia – completa o secretário de Saúde de São Gabriel, Paulo Forgiarini.

A Secretaria Estadual da Saúde garante que o repasse será feito logo após o serviço começar.

DIARIO DE SANTA MARIA.