No momento em que o Sistema de Cooperativas de Crédito (Sicredi) cumpre a última etapa da parceria com Rabo Financial Institutions Development, braço de desenvolvimento do grupo holandês Rabobank, a instituição brasileira está prestes a fechar uma nova associação internacional. A operação foi revelada nesta segunda-feira pelo presidente-executivo do Sicredi, Ademar Schardong, no Papo de Economia.
Em entrevista concedida à interina do Informe Econômico, Marta Sfredo, o presidente adiantou que a parceria visa atender o financiamento de investimentos das pequenas empresas.
— Por questões regulamentares temos de manter a negociação em sigilo neste momento. Mas a associação será buscada exatamente para atender ao nosso foco, que são as pessoas físicas e pequenas empresas — informou Schardong.
Hoje, com recursos próprios e do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Sicredi tem mais de R$ 6 bilhões em linhas de crédito de longo prazo destinadas aos associados.
Ainda no Papo de Economia, Schardong informou que a parceria com o Rabobank, firmada no ano passado, está sendo concluída com a entrega ao Banco Central do processo de reforma estatutária com aumento do capital do banco.
— O programa de interação entre as duas organizações já vem acontecendo, com o intercâmbio de informações e conhecimento — afirmou, acrescentando que mesmo com a crise europeia, a cooperativa de crédito holandesa registrou crescimento de 14% em 2009.
Taxas de mercado
Formado por 119 cooperativas de crédito, o Sicredi pratica taxas médias de mercado, tanto para empréstimos quanto para aplicações. Segundo o presidente-executivo da instituição, a diferença em relação aos bancos tradicionais se dá no final do ano, quando o retorno para o associado vem do volume de operações feitas durante o ano e não do pagamento de dividendos ao capital.
— Isso faz com que o resultado da cooperativa retorne aos associados, pessoa física ou jurídica — concluiu Schardong.
Fonte ZH Dinheiro.