O nome do deputado Paulo Maluf (PP-SP) foi incluído na difusão vermelha da Interpol - a polícia internacional que mantém representação em 181 países — a partir de solicitação dos Estados Unidos. A informação foi divulgada ontem pelo Ministério Público Estadual de São Paulo. A defesa do ex-prefeito da capital paulista(1993-1996) declarou que já está providenciando ação específica para anular a medida, que classifica como "uma afronta ao Congresso brasileiro".
A difusão vermelha é o alerta máximo da Interpol e limita os deslocamentos do alvo. Se ingressar em território que integra a comunidade policial, Maluf pode ser imediatamente detido. Para derrubar essa restrição os advogados do ex-prefeito apresentaram em fevereiro medida que busca excluí-lo do índex da Organização Internacional de Polícia Criminal.
Maluf é acusado em ação da promotoria criminal dos Estados Unidos perante o Grande Júri de Nova York. Robert Morgenthau, promotor público norte-americano, o denunciou por suposta "conspiração com objetivo de roubar dinheiro da cidade de São Paulo a fim de possuir fundos no Brasil, Nova York e outros lugares, e ocultar dinheiro roubado".
O processo aponta Maluf como artífice de suposto esquema de superfaturamento de obras na Prefeitura da capital paulista. Ele nega categoricamente a prática de desvios em sua gestão.
Destaca que o Tribunal de Contas do Município aprovou todos os anos da administração, e afirma que nunca teve recursos no exterior. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.